22 de agosto de 2009

A PAIXÃO DAS TRUFAS



A TRUFA É UM FUNGO SELVAGEM SUBTERRANEO.

As duas espécies de trufas mais apreciadas são:
- A trufa NEGRA DE PÉRIGORD (França); e
- A trufa BRANCA DE ALBA (Itália)

A francesa é colhida entre Janeiro e Março e é mais fácil de ser detectada, já que deixa uma queimada acima de onde está.
A sua pele é coberta por finas saliências pretas e a sua carne da mesma cor possui ramificações brancas, o que faz com que se pareça com mármore.

Diz-se que seu paladar é inigualável, entretanto, o seu aroma não é tão intenso; o que faz dela até cinco vezes mais barata que a branca é que é possível ser cultivada.

Já a italiana é o verdadeiro diamante da gastronomia, chegando a custar cinco mil euros o quilo, tem início de safra em Outubro, com trufas boas até pouco antes do Natal.


Para ter ideia de sua exclusividade, ela já chegou aos leilões. Em 2005, uma trufa de 1,2 quilo foi arrematada por um comprador de Hong Kong que preferiu ficar anónimo por 95 mil euros, fazendo daquela trufa branca de Alba, especificamente, a mais cara do mundo.

COLETA
Usavam-se porcos jovens, de três meses a um ano. Esfregavam-se as tetas da mãe com sumo de trufa, acostumando assim os porquinhos a seu gosto e sabor.

Hoje, por comodidade no transporte, usam-se mais frequentemente cães treinados (teckels).

São conhecidas 32 espécies de trufas no mundo todo. Comercializam-se apenas sete. Para os amantes deste tubérculo, na realidade, existem somente duas.

- TRUFA BRANCA DE ALBA (Itália)
A sua cor é amarelo sujo, indo para o bege, lembrando marfim velho. A superfície é lisa. O seu perfume, potentíssimo, vai para o cogumelo, com uma mescla de alho, húmus, parmesão e gás - uma mistura de complexidade fantástica.

Ao contrário da exuberância do seu bouquet, seu paladar é fraco, delicado para alguns, praticamente inexistente para a maioria. O bouquet deve chegar até nós. Nunca a trufa deveria ser levada ao seu nariz. Neste caso, algo está errado, pode ser uma trufa velha (mais de seis/sete dias), ou ainda, com origem não do Piemonte - mas sim da China ou de outras regiões da Itália (que produz a "bianchetta" bem menos perfumada) ou mesmo da Eslovênia.

- TRUFA NEGRA DE PÉRIGORD (França)

A TRUFA NEGRA no corte parece-se com um mármore negro e bege. Tem um perfume estupendo, menos intenso que a branca, e diferente. É muito animal, com toque de húmus. Contrariamente à branca, o seu sabor é maravilhoso.

Tem um paladar único, inesquecível, enche a boca de noz, avelã, terra, sub-bosque e castanha. Algumas trufas "piratas" valem em média €60,00, contra os €4 mil das verdadeiras.

RESTAURANTES GENUÍNOS
Para comer a trufa d’Alba há um estabelecimento na cidade homônima onde o proprietário e chefe Bruno Cingolani trabalha com os melhores produtos.
No seu restaurante, DULCIS VITIS, quando é época de trufa, basta entrar na casa para ficar inebriado pela fragrância.

Na Provença existe um rei não-coroado da trufa preta.


É GUY JULIEN, dono do bistrot La Beaugraviere, de Mondragon.
Uma das grandes criações de Guy é o "chausson" de trufa e foie gras.
O chefe junta uma trufa inteira, uma pequeno escalope de foie gras e uma fatia de bacon numa massa folhada.
Quando chega à mesa e a massa é cortada, desprende um fumo que enche a sala do perfume da trufa. Trata-se de uma combinação gastronômica memorável.


COME-PONTO-TRUFAS


Online Users


VILA JOYA DO PARAÍSO

Quando entrei finalmente no Vila Joya, o único restaurante português com duas estrelas no Guia Michelin, e fui recebido de braços abertos com a frase “sejam bem-vindos ao paraíso”, percebi que afinal a magia das estrelas não estavam apenas nos ombros do Chef Dieter Koschina.
O atendimento é realmente genuíno e logo após a entrada no quarto, bateram para servir uma bebida de boas vindas, o server era o João Casimiro, um colega de escola primária que não via há mais de 20 anos pois foi viver para os EUA….wow!!!

Estava tudo a postos para uma das noites mais surpreendentes da minha vida.

A vida é realmente feita de acasos!

Quis o destino que Dieter Koschina, então subchefe do Hilton Vienna Plaza, fosse a passar quando tocou o telefone.
Do lado de lá uma senhora alemã procurava desesperadamente alguém que pudesse substituir o seu Chef de cozinha acabado de sair.
O convite não era propriamente para si mas sentindo-se preparado e desejoso para aceitar qualquer convite que lhe parecesse credível, fosse onde fosse, decidiu arriscar e responder que era ele quem ela procurava.

Passado algum tempo o jovem Koschina aterrava de malas e bagagens no pequeno hotel de charme da Praia da Galé.


Passados muitos anos, aterrei eu para perceber que no nosso País ainda não existe outro restaurante no mesmo patamar de excelência do Vila Joya e assim pisar um palco incrivelmente cheio de talento, dedicação, profissionalismo e, também, um grande investimento financeiro (entre cozinha, copa e sala, trabalham aqui 40 pessoas, para uma ocupação de 69 lugares).

Aqui fica o Menu que celebrou o meu 8º aniversário de casamento, um momento verdadeiramente único e inesquecível:
- Carpaccio de Lagostins, com lagostins sobre vinaigrette de Papaya e Maçã
- Cappucchino de Trufas com Sot -L’y-Laisse
- Cherne em molho de chouriço e batata com aipo e feijão
- Ravioli de Morcela de sangue com fígado de ganso salteado em morcela
- Bife de Lombo de vaca em crosta de tutano, com gratinado de batatas e legumes sobre molho de vinho tinto
- Pêra Williams escalfada sobre sabayone e nougat com gelado de manteiga e amendoim

A carta de vinhos é fantástica, não apenas pela quantidade e qualidade dos vinhos que apresenta, mas também pelo grafismo, pela facilidade de leitura e pelo excelente conteúdo necessário para tomar uma decisão adequada. Claro que voei baixo, mas escolhi um vinho que adoro e não encontrava pelo menos desde 2002, Douro Vértice Tinto.

O serviço, atento, discreto e gentil, é de grande nível.
O pequeno-almoço é encantador e mantém a mesma linha de frescura e elegância.


EXPERIMENTEM PARA CELEBRAR A VIDA! CURTA...



Online Users


19 de agosto de 2009

FUNNY IN THE KITCHEN

Aqui fica uma homenagem às praxes nas cozinhas.
Sempre foram uma excelente forma de integrar os mais novos.
Qual foi o estagiário de cozinha que nunca lavou o sal?

17 de agosto de 2009

GASTROSEXUAIS

Mais uma novidade para os homens que gostam de cozinhar e se interessam pela gastronomia pois afinal parece que ainda há quem pondere assumir-se cozinheiro por temer que questionem a sua sexualidade…

Em Julho, a Future Foundation, uma empresa britânica que analisa a forma como as tendências sociais afectam o consumo, apresentou um estudo em que se concluía que o tempo que os homens gastam a cozinhar e em limpezas quintuplicou desde 1961.

E que o próprio modo de encararem a cozinha, actualmente, difere do das mulheres. À comida feita para alimentar, para sobreviver, eles contrapõem a gastronomia, a experimentação, o gosto por outros sabores, o prazer de se surpreenderem e de surpreenderem, o que mais vulgarmente pode ser conhecido por “borrar” a cozinha toda para ela depois limpar e ainda agradecer…

Associado a esta ideia, a Future Foundation - contratada por uma empresa de produtos asiáticos para realizar o estudo - arriscou inventar mais um conceito de género: depois do metrossexual, chegou o gastrossexual.

Entre as características que o definem está o facto de ter entre 25 e 45 anos, gostar de viajar, gostar de cozinhar experimentando novos sabores, ter um prazer especial em reunir os amigos à mesa e usar os seus dotes culinários como um meio de sedução.
COZINHAR É SEXY
Um dos responsáveis pela desconstrução da ideia da cozinha como um lugar de mulheres foi o chefe britânico Jamie Oliver - que muitos dos gastrossexuais identificam como uma referência.

A sua figura ultrapassou largamente as paredes do restaurante que dirigia, tendo-se tornado numa estrela televisiva planetária, através da série Naked Chef. Casado, com filhos, ar de surfista, é actualmente o símbolo máximo de uma cozinha livre, cool - e um activista pela participação de mais homens na cozinha.
A solução pode parecer caricata, mas a "emergência do gastrossexual", concluiu a Future Foundation, está ligada à sedução.
"Os gastrossexuais são motivados pelo desejo de impressionar, de serem elogiados pela ideia de que uma demonstração das suas capacidades gastronómicas os fará mais atraentes", refere o estudo.
A quem vive com "gastrossexuais" escapa por vezes este aspecto terapêutico, ou de puro gozo, de estar numa cozinha.
Mas mesmo acontecendo acidentes, quando são eles a tratar da refeição, por excesso de arrojo "já sucedeu ir tudo para o lixo", elas entendem que vale a pena incentivá-los.
COME-PONTO-SEXY



Online Users

E M O

Há um novo nome na gastronomia portuguesa - Emo, restaurante do novíssimo Tivoli Vitoria.




Tire-se-lhe o chapéu!!!

A sua cozinha contemporânea com influências da cozinha tradicional (e popular) portuguesa é equilibrada, arrojada e segura.
Ao seu dispor tem um espaço desenhado com bom gosto e uma equipa de sala competente e dedicada.

Na carta não existe propriamente um menu de degustação. No entanto a possibilidade (e a sugestão) de dividir os pratos permite na prática que se faça, pelo menos, uma degustação de quatro pratos e uma sobremesa.

As propostas são bastante sugestivas e ousadas, senão vejamos:
Incluir caracoletas, tremoços ou mioleira, ou ainda um bitoque (de tamboril) e um rancho (de lavagante e mexilhão) ou ainda uma interpretação pessoal do tradicional cozido à portuguesa, cujo caldo é servido granizado e a morcela em gelado, ou ainda reinventando o famoso Cornetto num modelo de melão com presunto, é ou não é coragem e talento num restaurante gourmet?

Não consegui resistir a um conjunto bastante curioso:
"A Vieira, a Caracoleta Moura e seu Caviar" com o auxilio de um linguini acídulo como acompanhante;

O "Cornetto de Melão com Presunto"; e
O “Bitoque de Tamboril”.

Marquei com um olhar incrédulo, para a próxima visita:
A "Sapateira, Azedinha da Horta e espuma de cerveja"
O "Xadrez de Sardinha e Espada Preto"
O "Carre de Vitela Abraseada com Ginjas e Pipis"

Nas sobremesas o cunho internacional do melhor Chef Pasteleiro do momento Joaquim Sousa, que faz parte da selecção nacional de cozinha, reflecte a sua influência portuguesa e além dos melhores chocolates que degustei nos últimos anos, marquei ainda para uma nova visita:
O "Chá de vinho do Porto com especiarias, figos roti e gelado de azeite fumado".

Tenho a certeza que este restaurante aberto há tão pouco tempo, vai dar que falar no panorama nacional e por isso aqui fica o meu destaque para que o visite antes que seja tarde €€€€ !!!


Online Users


KEEP IT SIMPLE

Aqui fica mais uma sugestão da fantástica Nigella Lawson.
Bom fim de semana!

VINHOS DA COMPORTA





Destaco os vinhos da comporta pela forma como têm evoluído de ano para ano e pelo facto de me continuarem a surpreender.

Uma das maiores propriedades rústicas do país, a Herdade da Comporta é mais conhecida do público pelo turismo e a vinha acaba por ser uma parcela pequena mas muito importante dentro do contexto da Herdade.


Os 30 hectares foram plantados em 2002, com plantas de Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet e Touriga Franca. Nos brancos, os 3 hectares comportam Antão Vaz, Arinto e um pouco de Verdelho e Viognier.
Os tintos são feitos em 18 lagares de inox na adega muito bem equipada, com material de topo, incluindo pisa robotizada e transferência de massas por gravidade. Os brancos apenas levam inox, temperatura controlada.


A maior surpresa continua a ser o colheita tinto de 2006, um blend de Alicante Bouschet e Aragonês, com Syrah e Castelão, um vinho bastante aromático no nariz e que dá muito prazer a beber, graças a taninos de seda e um ligeiro toque doce no final. A fruta madura, de frutos vermelhos, está também bem presente.

HERDADE DA COMPORTA - Terras do Sado Branco 2008

Algo discreto de aroma, sentindo-se ainda assim boas notas de fruta em geleia. Na boca sente-se mais a fruta, com ligeiras nuances tropicais, volumoso (tem 14,5% de álcool...), discreta acidez citrina a compensar o fruto maduro.

HERDADE DA COMPORTA - Terras do Sado Antão Vaz Branco 2008

Ananás maduro, manga, um muito ligeiro mineral no aroma não muito intenso mas bem limpo, dominado pela fruta madura. Boa textura de boca, denso, com a fruta limpa mas um pouco sobremadura (14,5% álcool), final envolvente, suave e redondo.

HERDADE DA COMPORTA - Terras do Sado Tinto 2006

Bons aromas de fruta madura, lembrando compotas de amoras, ameixa, fruta macerada, mas sem excessos, tudo bem composto e afinado. Perfil morno na boca, de taninos muito suaves, sedoso, com fruto de qualidade e discretas sugestões fumadas e de cacau amargo no final longo e bastante apetecível.

Se nunca experimentou, vá por mim e BEBE-PONTO-BEBE!!!!!

14 de agosto de 2009

MOMENTOS DE SABORES

SANTOS SABORES - Lisboa
Urb. Alto dos Moinhos, Rua C, 5A, Tel.: 21.774.2497 www.santosabores.com

No centro de Lisboa descubra a nova loja dos Açores, delicie-se com os produtos gourmet da recém-inaugurada Santos Sabores e com o melhor do Alentejo numa loja em Oeiras. No Hotel&Spa Alfândega da Fé, entregue-se aos melhores programas nutricionais para estar em forma para o Verão, entre outras boas sugestões.

LOJA DOS AÇORES
Lísboa Av. Elias Garcia, n.° 57

Inaugurou em Maio na Urbanização Alto dos Moinhos, um novo espaço onde vai poder fazer refeições rápidas e perder-se na loja gourmet recheada de produtos de qualidade. Rebuçados de Ovo de Portalegre, azeites da Azal, bolachas Casa Fina, entre outras marcas nacionais, bem como o champanhe Moët & Chandon, os Bloc de foie gras Rougié, ou os Chocolates Valrhona são algumas das delícias que pode encontrar, ou comprar online.

O delicioso pão do caco e o chá Gorreana são apenas alguns dos produtos típicos dos Açores que agora pode encontrar na Loja Açores, inaugurada em Maio na capital. Para além de poder abastecer a despensa, tem ainda um posto de turismo com todas as informações sobre este arquipélago e um balcão de atendimento da Rede Integrada de Apoio ao Cidadão.

Situada numa das zonas mais centrais de Lisboa, pretende dar a conhecer os melhores produtos desta ilha. Das conservas, queijos, carne, às flores ou artesanato vale a pena dar um pulo ao Atlântico sem levantar voo.


MERCADINHO DO BOTÂNICO
Coimbra www.uc.pt/jardimbotanico
Produtos de agricultura sustentável e biológica directamente da terra para a sua mesa, todos os sábados, das 9h às 13h, no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra. Para um estilo de vida mais saudável e amigo do ambiente.

RECEITAS EXÓTICAS
Cozinha Árabe é o nome do livro da autoria de Margarida Pereira Muller, lançado pela Colares Editora, que nos dá a conhecer as especialidades islâmicas.

D'ALENTEJO COM AMOR
Oeiras, Rua José Falcão, 31 A, Tel.: 91.360.5416, www.dalentejocomamor.com

Do azeite aos queijos, vinhos e doçaria conventual nada falta na D'Alentejo com Amor, em Oeiras. Esta loja original traz o campo à cidade e convida-nos a provar as iguarias de uma das regiões mais ricas em gastronomia. Para além dos produtos alimentares também encontra aqui peças de artesanato local e livros. Normalmente aos sábados decorrem provas de degustação de licores artesanais, enchidos, rebuçados de ovo de Portalegre, entre outros.

QUINTA DOS AVÓS
Algoz Tel.: 282.576.459, www.quintadosavos.pt
Entre Albufeira e Armação de Pêra fica a Quinta dos Avós, que engloba uma casa de chá e pastelaria, jardim botânico e museu rural. Aqui podem provar-se os doces preparados pela mão divina da D. Encarnação, proprietária da quinta. Torta de laranja, bolos de amêndoa e noz, beijinhos de freira, Dom Rodrigos, tudo vale a pena experimentar. Pode ainda levar para casa os doces caseiros, os vinhos produzidos na propriedade, aguardentes e licores.

BOULAN
Monte Estoril Avenida do Lago, 4, Tel.: 21.099.3381
Nesta Tea Room&Gourmet Corner, inaugurada há oito meses, pode começar o seu dia a tomar um completo pequeno-almoço onde não faltam os scones, iogurtes e cereais. Pode ainda fazer refeições ligeiras ao almoço e gozar o fim de tarde nos sofás e almofadas que estão disponíveis na esplanada. Vinho a copo e tostas com foie gras esperam por si... Na zona gourmet aproveite para comprar produtos da Fauchon, chás da Mariage Frères, bolachas da Casa Fina, compotas da Quinta do Freixo e azeites.


SKY BAR TIVOLI LISBOA
Com a melhor vista para a cidade
Os fins de tarde vão ganhar outro élan no novo Sky Bar do restaurante Terraço, no último piso do hotel Tivoli Lisboa. Com puffs, almofadas, música da DJ Belita e uma carta especial de finger food assinada pelo chef Luís Baena, promete tornar-se no spot mais in do Verão na capital.



Online Users


13 de agosto de 2009

TRIBUTE TO CAT

Totally Chocolate Chip Cookies...and love!

TRIBUTE TO ASAE

Sem mais comentários devido às escutas blogofónicas....

12 de agosto de 2009

PRESUNTARIA DO TEJO

Restaurante Presuntaria do Tejo – Parque das Nações
R Ilha Amores 4.07.01-M-lj B
1990-118 LISBOA Lisboa
Portugal
Tel. 218 957 227 (convém reservar)


Aqui podem encontrar uma verdadeira experiência gastronómica e um atendimento personalizado onde o proprietário assume que " A Presuntaria do Tejo não é um pronto-a-vestir, mas sim uma alfaiataria" e entre frases feitas vai apresentando uma diversidade de pratos, que não acaba, com uma enorme profusão de cheiros e sabores que despertam todos os sentidos, sem carta nem preços, sempre à confiança entre piadas gastronómicas.
Os bons vinhos completam esta sinfonia.

Para os mais corajosos, porque um dia não são dias, aqui ficam algumas notas que justificam este destaque:

Presunto bem cortado, bem curado e húmido.
Malditos torresmos, não estavam secos, ainda me lembro deles….
Tomate-cereja com azeite e vinagre, a acompanhar com a primeira piada da noite do dono, "o senhor já tem tomatinhos?"
Camarões panados com uma compota fantástica, que não sendo caseira segundo o dono é vendida ali à porta…
Queijo de ovelha excelente, sendo que no bom queijo, sente-se bem lá no fundo o azedo do pasto verde.
Pataniscas de Fois Gras, com um aviso “se tiver muito fois por favor avisem para metermos menos na próxima vez”.

Ainda passaram uns camarões fritos antes dos pratos principais, onde polvo à lagareiro apresentou uma excelente textura e o porco preto quase fez esquecer as entradas.

Nas sobremesas, as melhores opções são as Alentejanas, mas não tenho coragem de as descrever… já parece mal!!! Preparem € 60,00 p.p com vinho, para um fumador corresponde a 15 dias de tabaco.



Online Users


11 de agosto de 2009

AZEITONA DE MESA - O NOSSO TESOURO


Para que a azeitona de mesa regresse de novo às luzes da ribalta da gastronomia portuguesa – todos teremos de perceber que a azeitona continua a ser um aperitivo indispensável nas nossas refeições e que, por isso mesmo, a sua qualidade deve ser preservada.

Os nossos antepassados preparavam eles próprios a conserva de azeitona, utilizando talhas de barro onde a mesma era colocada em salmoura. Como densímetro, para aferir a quantidade de sal na água, era introduzido um ovo inteiro na talha. Todos estes procedimentos tinham muito pouco de “alta tecnologia”, mas muito de tradição e sabedoria popular.

AZEITONA PRETA NATURAL EM SALMOURA (CONSERVA)
Trata-se já de uma preparação de conserva de azeitona preta, ou seja, efectuada sobre o fruto maduro. Neste caso, a manutenção da consistência é o factor que confere a qualidade, pelo que são utilizadas azeitonas colhidas na fase de mudança da “cor de vinho” para o preto e de variedades com polpa de consistência rija e de calibre médio a pequeno.

Na preparação da conserva, a azeitona é lavada inteira, apenas com o objectivo de retirar impurezas e detritos provenientes da colheita. Após esta lavagem, a azeitona é colocada em salmoura (uma solução de sal em água a 10%) a uma temperatura ambiente fria e, passados cerca de dois meses, já se encontra em conserva.

O processo consiste numa fermentação natural em que a matéria orgânica da azeitona é transformada em ácido láctico. À medida que a concentração de ácido láctico aumenta, varia o tipo de bactérias presentes nas azeitonas, terminando o processo numa situação estabilizada quando o PH se situa na ordem dos 4.

AZEITONA VERDE TIPO SEVILHANO (CONSERVA)
Em Portugal, estas azeitonas são designadas como conserva de Elvas. O modo de preparação, efectuado sobre frutos colhidos ainda verdes, é em tudo semelhante ao anteriormente descrito para a azeitona preta em salmoura, e apenas antecedido por uma lavagem com uma lixívia fraca de soda cáustica, (1 a 2%) que tem como finalidade neutralizar o excesso de matéria orgânica.

O produto obtido tem um excelente aspecto mas, ao mesmo tempo, um sabor menos definido. Nos países sem tradições de azeitona é costume colocar uma destas azeitonas verdes nas taças de cocktail.

Por terras lusas, as variedades mais usadas neste tipo de conserva são as de maior calibre – como a conserva de Elvas e a cobrançosa – sendo neste caso menos relevante a consistência da polpa dado que o fruto é tratado quando ainda está verde.

Em Espanha, utilizam-se as variedades manzanilha e gordal. Estas azeitonas destinam-se a serem servidas no período em que não há azeitona nova e criam uma excelente combinação com a variedade preta.

AZEITONA PRETA OXIDADA OU TIPO CALIFORNIANO (NÃO CONSERVA)
Estas azeitonas são preparadas a partir de frutos verdes ou de matiz cambiante, sendo obtidas por sucessivas curas com uma lixívia fraca de soda cáustica alternadas com oxidação por ar. O seu aspecto apelativo contrasta com o sabor insípido, não parecendo adequada a povos mediterrânicos.
Infelizmente, tem-se vulgarizado a sua utilização nos restaurantes portugueses, que a servem ignorando completamente as características e forma de produção.

De assinalar que, por se apresentar em salmouras neutras, este tipo de azeitonas não conta com o ácido láctico como conservante, pelo que a sua conservação se faz por esterilização em embalagens estanques.

Apesar de esta ser a técnica que melhor dá garantias de conservação, é comum ver azeitona oxidada comercializada em embalagens não estanques, o que constitui uma ameaça para a saúde pública.

"ONDE VIVE UMA OLIVEIRA, VIVE SEMPRE UM BOM HOMEM"



Online Users


SLOW FOOD PORTUGAL

Lá diz o famoso ditado português que “devagar se vai ao longe”.
E a verdade é que já ninguém consegue parar o movimento Slow Food em Portugal. Cada vez com mais adeptos e com mais actividades em agenda, o Slow Food vai de vento em popa, reflexo do que se está a passar em todo o mundo.


Virgínia Kristensen, fundadora do Convivium Arrábida é a representante do movimento Slow Food em Portugal e confirma que a simplicidade também melhora o sabor, o peixe fresco sobre as brasas, sem molhos, ou o azeite escorrendo sobre o pão, fatias de queijo, tomate seco…

Para melhorar é preciso saber, e o Slow Food ocupa-se com o conhecimento.

Desde a sua fundação, em Paris em 1989, que o jornalista Carlo Petrini, ideólogo do movimento, alerta para a educação do gosto, para a descoberta do equilíbrio, da diversidade.

Em Portugal podem contar-se 500 membros do movimento; em todo o mundo são 100 mil.

Mas não se encontram apenas para comer, ou para arrastar o dia à frente da mesa.

Importa o conhecimento daquilo que se come. Viajam com especialistas para saberem mais sobre o porco preto o arroz ou o bacalhau.

E querem descobrir tudo, os melhores talheres, o material dos copos com que se bebe o vinho, a cerâmica onde se serve a comida. Escolhem um dia, organizam a viagem e partem para aprender.

Os números são claros e, de certa forma, assustadores:
75% da diversidade alimentar Europeia desapareceu desde 1900;
93% da diversidade alimentar Americana desapareceu no mesmo período;
30.000 variedades de vegetais extinguiram-se ao longo do século passado, e a cada seis horas que passam desaparece mais uma.

O símbolo escolhido para esta organização representa um caracol – a metáfora é evidente.

É, precisamente, essa imagem que distingue as actividades da Slow Food, bem como todos os seus associados, que podem ser agricultores, investigadores científicos, restaurantes, mercearias, hotéis, ou seja, todos quantos queiram contribuir para a propagação deste movimento.

Convivium Arrábida, Associação do Slow Food Portugal
R. Camilo Castelo Branco 14
2950-613 Cabanas
Tel./Fax: 212 880 979
Telemóvel: 933 296 602
E-mail: slowfood@cabovisao.pt

Slow Food International Organization
Web Site: www.slowfood.com

10 de agosto de 2009

TENDÊNCIAS COME.COME



Cozinha Farm-To-Table
Um conceito para um novo mercado emergente que se preocupa com a origem da comida e dá especial atenção à forma como é preparada e quem a prepara assume o principal papel no atendimento.

Menus Sazonais
Com o aumento dos preços e a procura de alimentos cada vez mais frescos, os menus devem ser cada vez mais rotativos e sazonais. Alterar os menus várias vezes por ano, será a única forma de manter os preços mais acessíveis e o negócio mais competitivo.

Menus Personalizados
A personalização está em alta e os menus devem ser facilmente ajustados às preferências dos consumidores, quer sejam vegan, sem glúten, ou simplesmente para satisfazer de uma forma fácil os gostos de cada cliente.

As Meias Doses e Pratos para Dividir
Estamos num ano de crise. Significa que devemos reorganizar a oferta e os menus de modo a permitir entradas com porções para dividir e meias doses para os clientes possam aproveitar um restaurante sem arruinar o orçamento ou a dieta. Cedo chegarão os meios copos de vinho, para apreciar e degustar…

As Experiências
Estão por aí os clientes ávidos por experiências quando saem para jantar, por isso mesmo as provas de vinhos poderão ser um excelente contributo para uma noite diferente e inesperada.

As Promoções
Os restaurantes de luxo oferecem já menus fixos permitindo que os clientes controlem mais facilmente a sua conta do que escolhendo à la carte, atraindo assim mais clientes. Os happy hour vão surgir mais frequentemente. Já é possível encontar em Lisboa restaurantes que sorteiam uma mesa por noite e oferecem o jantar como sendo um Tribute to Troubled Times. Não vamos aqui divulgar nomes.

Flexibilidade
O tradicional setting para pequeno-almoço, almoço e jantar tem os dias contados. Os clientes vão passar a ter horários imprevisíveis e os restaurantes irão oferecer um serviço flexível que deverá reflectir os seus itinerários.

Restaurantes abertos até mais tarde
Os homens de negócios privilegiam este tipo de restaurantes e os horários alargados irão ser um importante factor de decisão nas suas escolhas.

Pequeno Almoço a qualquer hora
O pequeno-almoço a qualquer hora do dia passará a ser um dos novos standards de serviço, por isso os restaurantes deverão possibilitar esta refeição ao almoço e até mesmo ao jantar.



Online Users


7 de agosto de 2009

WHITE PARTY NIKKI BEACH VILAMOURA

Foi sem duvida uma das melhores festas deste verão.
Parabéns a todo o Team Nikki Beach.
DREAM TEAM!!!

6 de agosto de 2009

JOEL ROBUCHON - PARIS



UM DOS GRANDES CHEFS DO MOMENTO
http://www.joel-robuchon.com/

Não esperava uma experiência tão intensa, mas a expectativa era grande.

Foi o fim de semana da musica em Paris, o que transformou por completo as ruas daquela cidade deslumbrante.

Conhecer o novo conceito L'ATELIER do chef joel Robuchon em París marcou para sempre o meu sentimento em relação às estrelas Michelin como forma de distinção.

Neste caso, estamos perante um conceito tipo galeto em Lisboa, mas gourmet e sem pretensões a estrelas.
Comensais sentados no balcão, apreciam uma comida gourmet com sabores e aromas que ficam na alma, enquanto apreciam mesmo em frente uma equipe de cozinha jovem e irritantemente organizada.

A comida está no nível Michelin, mas o preço é bastante mais acessível, pois o serviço é mais informal.

O gaspacho servido com gelado de mostarda mostrou como a simplicidade pode ser arrepiante...



Online Users


O AZEITE - ENTRE OS MELHORES





CASA PASSANHA
http://casapassanha.pt/site/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1&lang=pt

QUINTA DO ROMEU
http://www.quintadoromeu.com/1_op_1.html

CARM - CASA AGRICOLA ROBOREDO MADEIRA
http://www.carm.pt/imprensa/index.htm

Acidez não é critério único de escolha O ditado segundo o qual ‘espeto de pau em casa de ferreiro’ traduz na perfeição o comportamento dos portugueses em matéria de consumo de azeites. Num País em que a cultura do azeite se confunde com a sua história, não deixa de impressionar o fosso que existe entre os critérios dos especialistas e os hábitos dos consumidores.

Nos exercícios de prova de azeites, os técnicos têm por hábito colocar quatro ou cinco copos em frente do provador, cada um com azeites diferenciados (da excelência à deficiência).
Invariavelmente, os consumidores classificam como melhor azeite aquele que é justamente considerado deficiente pelos especialistas, rotulando como pior azeite aquele que estes especialistas colocam no top.

Os portugueses habituaram-se a apreciar azeites com aroma a tullha, que é uma deficiência resultante da falta de higiene nos lagares – e a eleger como critério único de compra o grau de acidez registado na garrafa.

Um azeite deve ser escolhido consoante a utilização gastronómica que se lhe queira dar, tendo em conta as especificidades inerentes à sua proveniência regional (aromas e paladares).

Assim como um vinho do Douro é diferente de um alentejano, também os azeites destas mesmas regiões se diferenciam, quer na sua estrutura organoléptica quer, em consequência, na sua finalidade culinária.

Embora nesta matéria a subjectividade esteja sempre presente, faz pouco sentido, por exemplo, escolher um azeite de baixa acidez para fritar ou usar um azeite pouco aromático para temperar uma salada de sabores fortes.

Em matéria de acidez, o intervalo entre zero e 2 por cento de acidez é praticamente imperceptível pelo organismo humano.

Portugal possui hoje seis denominações de origem portuguesa (DOP), as quais oferecem, para além do controlo muito rigoroso em termos de qualidade organoléptica e fisico-química, azeites diferenciados.

E uma forma geral, das regiões mais frias saem azeites mais verdes e amargos, enquanto o centro e o sul se encarregam de criar produtos com carácter mais adocicado.

Outro erro recorrente do consumidor é a compra de azeites indiferenciados à porta do lagar. Convencidos de que estão a comprar produtos mais genuínos – o que nalguns casos até pode ser correcto – são frequentes os casos em que os níveis de acidez saltam para os cinco por cento e mais.

Como diz o ditado popular: "A melhor cozinheira é a azeiteira"



Online Users


5 de agosto de 2009

CONCEITO FAST-FOOD

Juro que não tem mesmo nada a ver com o empate 1-1 do Sporting com o FC Twente...

Sky Lounge - Dinner in the Sky

É realmente uma experiência única.
Subi novamente ao céu no Parque das Nações.

O Sky Lounge está no Marina Vilamoura até dia 9 de Agosto.

Aproveitem bem!!!

SUBIR AO CÉU EM N.Y.




http://www.adour-stregis.com/

O primeiro andar do St. Regis Hotel em NY acabou sendo o ponto mais alto da cidade, depois daquele jantar no ADOUR do Alan Ducasse...

O wine bar à entrada respira tecnologia com um "interactive wine list" onde o marketing dos vinhos Portugueses ainda não chegou.

O Adour apresenta um luxo de simplicidades e contrastes entre clássico e moderno, desde a decoração e serviço aos sabores e ingredientes.

A NÃO PERDER NUMA VISITA A NY!



Online Users


"La Madeline au Truffe"














A minha paixão pelo chocolate cega-me e só a verdadeira "Madeline au Truffe" me torna lúcido!


Recebeu este nome em analogia à verdadeira trufa.

A trufa de chocolate é um tipo de doce, onde é colocado um recheio feito geralmente de chocolate e creme de leite, junto com mais algum recheio, como noz ou gotas de licor, ou então apenas o recheio de chocolate puro. É coberto também por chocolate.

O chocolateiro Fritz Knipschildt fundou a sua empresa em 1999, depois de fazer a sua formação como Chef na Dinamarca e criou o chocolate mais exclusivo e mais caro do mundo.

Este chocolate vem com uma trufa francesa, chamada Perigord, no seu interior, sendo esta trufa muito rara.

O chocolate que reveste a trufa é composto em 70% por cacau Valrhona, que é misturado num ganache com óleo de trufa, baunilha e açúcar.

Esta trufa de chocolate é enrolada à mão com a trufa preta no seu interior, e polvilhada com pó de cacau.

Depois é colocada numa caixa prateada sobre uma camada de pérolas de açúcar.

O seu preço unitário é cerca 170€ cada 500 gramas custa a módica quantia de 1800€.



Online Users